Não importa o lugar. Repare que psicólogos e psicanalistas podem atender quem está acamado na UTI de um hospital. Ou em modernas clínicas particulares no centro movimentado da cidade. Há aqueles que atuam dentro da própria residência, onde montam o consultório. E também por “delivery”, na casa do paciente.
Se antes a terapia à distância, via computador, parecia algo incomum, que pouca gente fazia, uma pandemia mundial de coronavírus tratou de acelerar um processo que já estava em andamento.
Comunicar-se via Skype, whatsapp, messenger, facetime – e tantas outras ferramentas de áudio, texto e vídeo – já era rotina para muita gente. Em reuniões de empresa, entre adolescentes nos seus jogos virtuais, e até pra colocar o papo em dia da criança com a avó, que mora longe, por exemplo. Cuidar da saúde mental pela internet passou a integrar essa lista.
Para se ter uma ideia, entre março e abril deste ano, 51.747 novos pedidos foram feitos ao Conselho Federal de Psicologia (CFP) para que psicólogos atendessem virtualmente. Esse número é superior a todas as solicitações já feitas até hoje no país: 30.677 cadastros. (Fonte: Jornal Correio Brasiliense – 02/06/2020)
Como funciona a psicoterapia online
É preciso que o paciente esteja num lugar reservado, sem ser interrompido e programe sempre o mesmo horário da semana para o “encontro” com o psicólogo ou psicanalista. A flexibilidade de agenda pode ser até maior, mas tudo tem que ser combinado com antecedência.
Estar disposto a conversar é o primeiro passo. De um lado, está alguém que precisa de ajuda e do outro alguém disposto e capacitado para ajudar.
A psicóloga e psicanalista Juliana Corazza Scalabrin é uma das profissionais que aderiram ao atendimento virtual. “Quando estava no meu quarto e último ano de especialização, em 2016 me mudei de São Paulo para São José do Rio Preto, a 450 km de distância. Continuei o meu curso de formação mesmo com toda dificuldade de deslocamento. Ainda assim sentia um buraco na alma, ao deixar a selva de pedra com os meus pacientes de longo trabalho. Até que uma paciente, que estava na Califórnia me pediu para tentarmos online. Eu receosa, mas curiosa me predispus a conhecer aquele novo jeito. Levei o caso para supervisão, sob olhar de críticas, pois ninguém acreditava naquela modalidade. Ao final do ano, pudemos observar mudanças psíquicas muito importantes. Fui convidada inclusive para escrever sobre o trabalho desenvolvido com a paciente”, diz ela.
A tecnologia é eficaz?
O que Juliana percebeu na prática é o que vários estudos vêm demonstrando: a terapia online funciona. Nas palavras dela, os inconscientes se comunicam e o mais importante não é o divã e sim a autenticidade da relação entre terapeuta e paciente.
Seja novato ou já acostumados à terapia convencional, Juliana Corazza Scalabrin propõe atendimento online para quem precisa criar outras formas de consumir a vida, buscar novas satisfações e pensar no chamado plano B. “Com essa pandemia, estou vendo crises adormecidas acordarem, a privação afetando a capacidade de sonhar“, afirma.
Entender sobre o funcionamento do seu corpo e mente, como isso impacta sua vida e resgatar novas formas de consumir a vida e a alegria são fundamentais para atravessarmos esse período difícil.
Juliana Corazza
Psicóloga Crp 06/66569
18 anos de experiência clínica.
Formação em Psicanálise pelo Sedes Sapientiae
Especialista em Saúde Mental Unifesp
Experiência em atendimento on line desde 2016