Entre as celebridades internacionais estão nomes como Beyoncé, Rihanna, Justin Bieber e Angelina Jolie. Aqui no Brasil, os cantores Anitta e Lucas Lucco e a jornalista Izabella Camargo estão entre os famosos que tornaram público o problema.
O que todos eles têm em comum? A síndrome de Burnout , que em outras palavras quer dizer “queima total”, um esgotamento completo causado pelo trabalho. Esse distúrbio emocional pode atingir qualquer pessoa, profissional jovem ou experiente, homem, mulher, professores, médicos, enfermeiros, grandes executivos de empresa ou artistas do mundo pop. Estima-se que no Brasil, 30% dos trabalhadores sofram com isso.
Trata-se de um “apagão” físico, mental e emocional que foi incluído recentemente pela OMS – a Organização Mundial de Saúde – na Classificação Internacional de Doenças. A principal causa é o trabalho desgastante, num ambiente muito competitivo e carregado de responsabilidades.
Mas aqui podemos pensar: e qual trabalho hoje em dia não é assim, desgastante, competitivo, sobrecarregado? O que faz então algumas pessoas desenvolverem esse tipo de esgotamento total?
Segundo a psicóloga e psicanalista Juliana Corazza Scalabrin, com quase 20 anos de experiência clínica, há situações muito marcantes que são como um gatilho que dispara a crise. Ela cita 6 casos comuns:
Perfeccionismo: os profissionais que se esforçam mais e levam o trabalho muito à sério correm mais riscos de adquirir a síndrome.
2) Falta de valor: o trabalhador se vê obrigado a fazer algo que não acredita, apenas para cumprir metas
3) Falta de recompensa: a pessoa gosta do que faz, dá o seu melhor, mas é muito pouco reconhecida
4) Injustiça: quando alguém menos capacitado recebe melhores oportunidades e promoções
5) Pouca gente: quando há muitas tarefas acumuladas e poucas pessoas responsáveis por executá-las.
Importante dizer que os fatores externos influenciam no quadro de Burnout, mas são as características individuais de cada paciente que determinam o surgimento de sintomas e adoecimento. Como eles lidam com a pressão e quais os sentimentos que despertam em cada situação citada acima.
Se não tratado, o Burnout pode se agravar para uma depressão profunda, por isso é fundamental procurar ajuda profissional o quanto antes. Atividades físicas regulares e equilíbrio entre trabalho, lazer e descanso são pontos importantes no tratamento, além da avaliação de outros especialistas, como psiquiatra, nutricionista ou cardiologista.
Juliana Corazza
Psicóloga Crp 06/66569
18 anos de experiência clínica.
Formação em Psicanálise pelo Sedes Sapientiae
Especialista em Saúde Mental Unifesp
Experiência em atendimento on line desde 2016